quinta-feira, 12 de julho de 2007

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Todos os candidatos a professor terão de realizar, pelo menos, dois exames com uma duração total de quatro horas, ficando impedidos de aceder à carreira com uma classificação inferior a 14 valores, segundo uma proposta do Ministério da Educação.
De acordo com o documento, que regulamenta o Estatuto da Carreira Docente (ECD) no que diz respeito à entrada na profissão, a prova de ingresso inclui um exame comum a todos os candidatos, no qual são avaliados o domínio da língua portuguesa e a capacidade de raciocínio lógico. Já a segunda componente da prova, igualmente com duas horas de duração, irá avaliar os conhecimentos científicos e tecnológicos específicos da área ou áreas disciplinares associadas à formação académica dos candidatos e que estes querem vir a leccionar.
Uma classificação inferior a 14 (numa escala de zero a 20) em qualquer uma das provas é automaticamente "eliminatória", de acordo com a proposta de decreto-lei

3 comentários:

Anónimo disse...

Bem, essa not�cia � boa e digo isso porque sinto na pele a diferen�a exorbitante entre as notas das faculdades p�blicas e as notas das privadas.
Enquanto frequentava a FLUP sempre ouvi dizer que o prest�gio da faculdade contava muito, mas, na realidade, quando se trata do concurso nacional n�o conta para nada e a� os professores vindos das privadas ultrapassam-nos.
A quest�o � que as notas alt�ssimas dos alunos das privadas, na maior parte dos casos, n�o corresponde ao seu desempenho, enquanto que os alunos das faculdades p�blicas se esfalfam para tirar um 14.
Simplesmente n�o � justo!!!!O justo � que haja uma exame igual para todos...
Desculpem o desabafo, mas isto s�o j� amarguras de quem anda a concorrer todos os anos n�o s� para Portugal, mas tamb�m para o estrangeiro:(

Vera

turma de educação fisica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
turma de educação fisica disse...

Eu penso que falo em nome da turma quando digo que estou de acordo com a tua opinão Vera.
Eu acho que, embora haja sempre excepções à regra, aquilo que nós (alunos das faculdades públicas) nos esforçamos não corresponde necessariamente à nossa nota enquanto que, por outro lado, aquelas "denominadas" faculdades privadas dão sempre aquele valor extra na nota final aos seus alunos.
Eu sou apologista de que os alunos devem ser avaliados pelo seu mérito no global (ao longo do ano) e não pelo seu valor numa determinada prova, independentemente qual o valor obtido nessa prova.
Estes exames, espero eu, devem permitir mostrar quem realmente merece entrar nesta profissão através de mais uma "filtragem social".
Infelizmente nem todos os que tem boas notas são aqueles que realmente têm vocação. Por este motivo não sei se estou de acordo a 1000% com a realização destes exames, primeiro porque não sei ainda ao certo que tipo de conhecimentos vai avaliar, i.e, será que este exames vão conseguir abranger conhecimentos adqueridos em quatro ou cinco anos de curso em apenas quatro horas? - sejamos francos - é obvio que não. Segundo, acho que estes exames não vão ser capazes de avaliar se o um "futuro" professor têm mesmo a vocação para ser professor.
Ao longo deste comentário tenho falado muito em vocação porque acho que quem quer seguir uma determindada profissão têm o dever de gostar dela, isto porque já tive em contacto com pessoas que só queriam ser doutores porque gostavam de ter o "Dr." antes do nome - se é que me entendem. Eu acho isto uma profunda palhaçada, é obvio que nem todos nós pudemos seguir aquilo que queremos, mas numa sociedade em que o "nome" pesa muito, onde a dignidade de uma profissão às vezes é posta de lado, tudo se pode encontrar desde pesoas que nunca tiraram cursos de engenheiros e que são melhores "engenheiros" que muitos que se auto-denominam, etc. Eu digo isto porque enontram-se tão maus profissionais devido à falta de vocação.
Apesar disto tudo considero que todas as profissões são dignas desde a empregada de limpeza a doutora, desde prostitutas a empresários, desde auxiliares de educação a professores...desde que essa profissão seja exercida com toda a profissionalização e "amor à camisola" que lhe é exigida.